sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Experiência da aplicação do Método Clínico

                          Experimentando...

    É importante ressaltar que nunca havia aplicado, apenas já havia ouvido falarem sobre o Método Clínico, e neste semestre tivemos a oportunidade de conhecer, identificar e experimentar tal método.      Foi uma experiência nova, mas percebo a distancia, entre a minha tentativa e a aplicação do método clínico, de fato.
    Inicialmente realizei com alunos da minha turma, jardim IA, crianças de 4 a 5 anos de idade, após realizei com alunos do jardim II B, crianças de 5 a 6 anos de idade, pensei em realizar com crianças das outras turmas, berçário, maternal I e maternal II, mas pelo que percebi, deveria ser feito uma observação sobre as crianças, o que para mim já se tornaria mais complexo, o que implicaria em mais busca de informações de aplicação, sendo neste época do ano, muito complicado devido a extensão das atividades avaliativas dos alunos, preparação para o natal  e entrega de portfólios, além do encerramento das tarefas do semestre nas disciplinas do curso de pedagogia. 
   Nas tentativas de aplicação do Método Clínico, me frustei, fazendo e refazendo gravações, percebendo que eu apresentava nervosismo, ansiedade, falta de conhecimento na aplicação, apesar de ter lido e assistido os materiais disponibilizados, na disciplina, o que possibilitou essas tentativas.
   O vídeo foi gravado pela servente da escola, e entrevistado uma criança da turma do jardim IIB, da outra turma que não a minha, a criança ficou bastante tímida, sendo este vídeo escolhido por ter sido melhor filmado.  
Concluo dizendo que atividade proposta foi interessante ao possibilitar esta experiência de tornamos  professores produtores do nosso conhecimento e principalmente  professores investigadores, na busca de compreender o pensamento do aluno. Confesso, que fiquei desconfortável nesta situação de filmar a entrevista, mesmo que seja um teste, penso que poderia ter sido mais bem preparada para este momento de exposição, sendo assistido por colegas e professores, que mesmo com carinho e respeito vão avaliar nosso trabalho publicamente, mas compreendo a necessidade que temos com aperfeiçoamento da nossa prática e de certa forma contribuir com nossos erros e acertos para a qualificação do grupo de colegas no curso de pedagogia da ufrgs. 

Transcrição da entrevista - Método clínico

A CONSERVAÇÃO DOS COMPRIMENTOS
CONSERVAÇÃO DAS DIFERENÇAS
ITEM II: Coincidência das extremidades
Dupla: Luciana de Carvalho e Mara Moura
Transcrição das falas

Professora :  A professora vai pegar um fiozinho de um tamanho, e um fiozinho de tamanho também, qual  que é  maior, ele são iguais ou diferentes?
D: Diferentes.
É?  Qual que a diferença?
D: Pensa.
Professora: Qual é o maior ou menor?D:  Esse aí (apontando com o dedo para o fio mais longo))
Professora: Esse aí o quê?
D: Pensa.
P: Menor?
D: Menor.
Professora: Tá e porque tu achas que esse aqui é menor?
D: Porque tu cortou um pedaço.
Professora: Porque eu cortei um pedaço?
D: Pensa.
Professora: Mas aqui eu aqui também eu cortei um pedaço
D: Pensa...
Professora: E se eu fizer assim oh... ( professora faz no  cordão maior, ondulações)
Professora: Qual que é o maior ou menor ou são do mesmo tamanho
D- Esse. (Apontando para o cordão menor e reto)
Professora: Esse é o quê?
D- Aponta.
Professora: Esse é aqui e maior ou menor?
D: Maior.
Professora: Maior?
Professora: Esse aqui é o maior
D: Pensa.
Professora: E porque esse aqui é o maior?
D; Pensa.
Professora: Hum .
D: Porque ele ta reto.
Professora: Porque ele ta reto?
Professora:: Porque esse aqui não ta reto ?
D: Afirma que não, com a cabeça.
Professora: E como esse fiozinho tá?
D: Porque ele ta amassado.
Professora: Ele ta amassado? É por isso que ele ta menor?
Professora: E se eu fizer assim... ( tornando os dois fios  retos )
Professora:  Ele fica maior ou menor ou ele fica igual?
D: Maior.
Professora: Maior, então tá...



O dilema do antropólogo


                                         O dilema do antropólogo

      Atividade de defender ou contestar a atitude do antropólogo parece simples, mas é bem complexa  trazendo reflexões sobre a vida, cultura, posicionamento diante de escolhas trazendo pensamento critico capaz de transformar ideias, conceito e valores.
   A atitude consistia em escolher uma alternativa na seguinte situação: Aconteceu um  temporal muito forte, um náufrago veio dar na ilha onde o antropólogo estava morando. Percebendo que este homem era habitante da ilha X e que estava bastante ferido, mas que poderia curado, desde que os nativos o cuidassem. Estes, contudo, por força de seu costume, não querem tocar no náufrago, Claude Lee, antropólogo, após refletir sobre o assunto, decidiu continuar não intervindo nos costumes dos nativos da ilha, permitindo que uma vida fosse perdida.
    Minha opinião é que o antropólogo deveria salvar a vida do nativo, e que se não fizesse estaria negligenciando uma vida. Mas ao ficar no grupo da defesa, procurei argumentos que o defendessem, ao fazer isto pude refletir de forma mais ampla sobre tal situação.Apesar de  permanecer com a postura de salvamento pela vida do nativo, percebo que há compreensão e aceitação quanto a um posicionamento diferente da situação do antropólogo  havendo hipóteses de consequências, de um salvamento nesta ilha, que pode não haver em outras comunidades próximas ou distantes.
    Entendo que a diversidade cultural e coletiva existe de fato, é impressionante relatar isto, mas é verdade, com todas opiniões e formações de diversas pessoas, temos a tendência de julgar conforme nossas vivências de construções culturais, como a única, exclusiva e verdadeira concepção de pensamento.
    Foi muito gratificante fazer este trabalho, e posso dizer que prazeroso também. Este tipo de tarefa costuma produzir reflexão critica sobre nossos pensamentos, além de capacidade de analisar e de argumentar em conjunto, percebendo os diferentes pontos de vista com respeito e compreensão, sendo isto aplicável não somente em nossa pratica em aula, convívio no ambiente escolar, mas em outras situações como discussões em outros grupos como a família, clubes sociais sobre os diversos assuntos como politica religião, entre outros temas abrangentes e atuais oportunizando muitas trocas de saberes e compartilhamento de experiências.


A carne mais barata







                                           A carne mais barata 

A tarefa consistia em fazer um vídeo e apresenta-lo aos colegas das turmas C e D, inicialmente foi bem difícil à elaboração e aplicação desta proposta, tanto em vista que foi solicitado que fosse aplicada em grupo.
Primeiramente dialogamos a distancia pelo aplicativo do celular, watsap, quanto à elaboração do roteiro, escolhendo a situação da colega Isabel que vivenciou uma situação de discriminação racial, quando ao procurar emprego em uma escola de educação infantil, segundo o noticiava uma jornal, para a força de atendente de creche, mas ao chegar lá, foi lhe perguntando sobre se a função desejada era a de faxineira, logo Isabel perguntou se a função noticiada era para esta vaga de faxineira ou para de professora, logo, dispensou deixar seu currículo nesta escola.
Então Isabel pode vivenciar novamente esta experiência trazendo reflexões para o grupo de colegas, para as turmas, para os professores e tutores presentes na apresentação do vídeo.
Afirmo que o que me chamou atenção foi um fato único, atitude de Isabel, quando calmamente perguntou se a vaga anunciada era para a função de faxineira ao posicionar-se se retirou dizendo que: Que agora era ela que não queria mais deixar seu currículo ali naquela escola. Penso ser uma lição de autoestima, e acima de tudo pensamento critico que não se conforma com o que é imposto por pessoas e pela sociedade no geral.
            Vale a pena contribuir em tal divulgação, e também o prazer de ter feito parte deste trabalho apesar das dificuldades do trabalho a distancia em grupo e da ciência de situações semelhantes a esta, que nos trazem muitas questões étnicas com respeito à diversidade principalmente quanto a racial, por exemplo, palavras que trazem associações ao racismo, desvalorização, desrespeito, além de sugerir falta de formação profissional e humanidade, entre outras palavras que descrevendo estas histórias cotidianas.