quarta-feira, 30 de maio de 2018

Realizando projetos


Vamos viajar...
          Em uma rodinha, contemplamos conversas de crianças, um ambiente bastante familiar, pois leciono na educação infantil, com crianças de cinco a seis anos de idade. Crianças falavam da tal bruxa Onilda. Se esta mora muito longe? Se é possível ir de avião ou de barco?  Ou seja, Crianças e famílias sendo reportadas não só ao mundo da imaginação, mas para a realização de atividades, contatos com diferentes objetos da cultura, aprender a ler e a escrever, envolvendo artes, histórias, geografias, artes. Onde crianças constroem e reconstroem conhecimentos, por exemplo, a serventia da ponte, passaporte, restaurantes, meios de transportes e observando e manuseando figuras, fotos e comentando e recontando a história.
           Percebi que chamou atenção do grupo de crianças que a cidade de Veneza, não ter ruas que nem Porto alegre e a curiosidade da distância se são muito longe, pesquisando através de mapa, e globo, e trazendo reflexões se é possível que o ônibus ande onde possui água.
Além dos momentos lúdicos e prazerosos como comer pizza com a mão: crianças fizeram e comeram, criação de agência fictícia de viagem, na sala, passaporte (foto- digital...), excursão para a praia de Ipanema, comprando passagem, viram os pombos, realizaram piquenique, houve ainda a criação de uma história, de um livro, “A bruxa vai ao Brasil”, indo na casa de todos, onde cada família criava parte da história do livro, e após confraternização com bibliografias de seus autores “as crianças”, com coquetel para os participantes.
O Método de Projetos foi criado pelo norte-americano William Kilpatrick (1871-1965) baseado nas ideias de John Dewey (1859-1952). A dimensão socializadora das propostas curriculares foi a grande impulsionadora do Método de Projetos. Pois os conceitos científicos não eram construídos com os alunos, que apenas deveriam memoriza-los.
 De acordo com Santori (1998, p. 204), “o principal ponto de partida” do método de projetos deriva da seguinte filosofia: por que não fazer dentro da sala de aula o que se faz continuamente na rua, no ambiente virtual verdadeiro, e é expressamente o que se observou no conteúdo do vídeo “Vamos viajar na vassoura da bruxa Onilda” desencadeando realização de diversas atividades significativas e divertidas onde as crianças apresentavam interesse, cito aqui a atividade do piquenique, onde pode trabalhar alimentos de todos os tipos, também os transportes e suas finalidades.
           Kilpatrick destaca três questões indispensáveis para o planejamento dos Projetos: “1- Como se realiza a aprendizagem; 2- Como a aprendizagem intervém na vida para melhorá-la; 3- Que tipo de vida é melhor”. (Kilpatrick, 1967, apud Santomé, 1998, p. 205).
Refletindo sobre as questões indispensáveis para o planejamento dos projetos é preciso considerar diversas possibilidades em nossa prática de aula, onde os alunos ajam  de forma autônoma  no processo de suas aprendizagens e vivências. Também é preciso repensar o nosso papel e como de fato fato estamos desempenhando esta atuação no cotidiano escolar, principalmente o palco de nossa atuação, a sala de aula.
          Muitas vezes, temos a tendência de realizar escolhas para nossas crianças, intentando fazer o melhor, por isto a necessidade de refletir, observar e dialogar para compreendermos os processos de aprendizagem e desenvolvimento  tanto individualmente quanto coletivamente propondo atividades de interesse e condizentes com suas realidades. E com certeza isto não é tarefa fácil, mesmo que se tenha uma visão construtivista de ensino e aprendizagem onde a pedagogia relacional, é preciso realizar diagnóstico, criar e recriar situações, claro, que não manipuladoras, mas na tentativa que sejam estimuladoras e utiliza-las até quando permanecerem interessantes.
             Percebi no vídeo " " uma aula inovadora sustentada por recursos acessíveis, como livro, material para a confecção da carteira de identidade, gravuras, globo e mapa, além dos ingredientes para a pizza e passeio do ônibus que devem ter tido a participação das famílias. Situações planejadas em um projeto, que foi sendo desenvolvido com a turma, onde trouxe aprendizagens reflexivas sobe diversos temas que tratados em uma aula tradicional, provavelmente teríamos outras formas de ensino e aprendizagem, porém vimos que os recursos não diferem muito, foram usados livros e materias de uso comum, diversificando a culinária e o passeio.  

Nenhum comentário:

Postar um comentário