sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

Expectativa do workshop VI

    Em reta final do semestre com muitas aprendizagens significativas no decorrer das atividades diversificadas propostas pelas disciplinas do eixo VI que precisaram ser conciliadas com as atividades docentes do meu trabalho e com a situação em que se encontra nosso sistema educacional atual com desvalorização dos professores, escolas sucateadas, plano do magistério em declínio, salários parcelados e pouco remunerados, quadro de escolas precários e falta de planejamento profissional fazem parte da história da educação no Brasil.
    Quanto a este semestre, afirmo que foi um tempo difícil, apesar da experiencias, desafios, compartilhamento de idéias e vivencias nos fóruns, pois houve desanimo e um refletir sobre a profissão, sabe-se que educar exige amor, dedicação, mas é compreensível reflexão sobre a profissão de professor, o futuro da educação e a realidade cotidiana da escola incluindo os atores da escola e suas atuações.
     Nas disciplinas deste semestre houve uma ligação entre os conteúdos, onde posso destacar a educação de pessoas com deficiência, e também a diversidade cultural destacando a individualidade e coletividade de cada um sem definição ou padronização de pessoas, entendendo singularidades  inclusão nos grupos sociais,seu desenvolvimento de forma construtiva e um pensamento crítico com capacidade de questionar e argumentar situações, envolvendo a escola enquanto comunidade que possui manifestações culturais de acordo com a realidade das pessoas que nela se inserem ou fazem parte de alguma forma, direta ou indiretamente contemplando as disciplinas do semestre.
     Cito a situação do aluno sem laudo que ingressou em minha turma, que apresenta necessidade educativa especial, demonstrando açoes de agressividade e muitas vezes choro ou irritação, as atividades deste semestre contribuíram para a reflexão da inclusão quando é destacado que a escola precisa se adequar a necessidade especial da criança, gerando pesquisa e análise sobre esta situação e outras que trazem questionamentos quanto ao papel do professor e a função da  escola, além de pensarmos na inclusão e participação da família, a fim de estimulá-la a participar de forma atuante na vida escolar desta criança cooperando para uma escola eficaz e uma sociedade humana.
     Foram realizados vídeos, pesquisas, discussões e atividades que exigiram de nós, um esforço e empenho, mas penso que está valendo a pena, pois percebo que nos tornamos não somente profissionais qualificados, mas seres humanos, melhores, pois existem situações fora do contexto escolar que nos fazem perceber a importância de tais situações.
    Mais um workshop, espero continuar vencendo os obstáculos.






Reflexão

    Apresentei muitas dificuldades na realização deste trabalho, pois ainda o projeto de aprendizagem, não se tornou uma prática, ou seja uma aprendizagem adquirida, apesar da disposição de tutora e professorar em auxiliar na construção deste trabalho . Penso que o tradicionalismo   em que fomos educados na escola, na família e na sociedade, ás  vezes apresentamos dificuldade em produzir algo próprio, que se empenhe tempo, estudo e criatividade.
    Mas penso que o papel do professor constitui-se um desafio, é preciso estar em constante transformações e apar das mudanças vivenciadas na sociedade, especificamente da comunidade escolar em que estamos inseridos.
    A medida em que ia realizando o trabalho, novas ideias surgiram, novas dúvidas e confirmação das certezas e afirmação das dúvidas, que parecem tão evidentes, mas ao mesmo tempo tão distantes da realidade em vivemos, principalmente quanto ao papel da família e do sistema de ensino na vida escolar das crianças, dando o apoio necessário, cumprindo a atuação nesse cenário escolar.
   Compreendi que os projetos de aprendizagem sugerem estas situações de novas dúvidas, confirmação das certezas ou não, afirmação das dúvidas iniciais ou não, mas resolvi não complementar sendo o assunto de grande extensão e apesar de termos tido tempo hábil para a tarefa faltou organização pessoal, além de constante atribuições docentes no meu trabalho,que estão sendo cansativas devido a circunstâncias do sistema educacional público, mas destaco o compartilhamento das experiencias dos colegas no ambiente virtual que colaborou de forma significativa para o aperfeicoamento na produção do trabalho. 
   As etapas para a produção do trabalho exigiram tempo, reflexão, análise e pesquisa, além de paciência para aguardar possíveis respostas, e em alguns momentos apresentei ansiedade e ate mesmo angustia, mas compreendo que o objetivo é aprender a trabalhar em grupo, esperando o tempo de cada um, pois lidamos com essa realidade escolar, onde muitas vezes é sugerido para a comunidade tarefas sobre temas e datas comemorativas e há demoras gerando falta de respostas, mas é preciso esperar, e tomar atitudes em momentos certos, me refiro ao aguardo de respostas na etapa do questionário, fazendo analogia com a participação familiar, para ser mais claro. 
    

Nota Técnica 04/2014 do MEC/SECADI/DPEE,


    Com a Nota Técnica 04/2014 do MEC/SECADI/DPEE acredita-se em possibilidades com a determinação da não obrigatoriedade do procedimento burocrático, permitindo o acesso da criança com dificuldades na escola regular, onde a burocratização deixa de ter papel central no processo de escolarização de crianças e adolescentes, compreendendo a cidadania destas crianças, jovens e adultos.  
    Trazendo diálogos entre medicina e educação médicos possam dialogar com os educadores planejando estratégias e  desconstruindo obstáculos à inclusão de todos. Pensando nessas crianças de forma singular oportunizando seu processo de aprendizagem e inclusão.
    Os benefícios para crianças que possuem em deficiência e para as que não possuem são de grande importância para  o desenvolvimento e aprendizagem, como: momentos de experiência direta com a variedade das capacidades humanas, responsabilidade e aprendizagem eficaz através do trabalho em grupo, com deficientes ou não, preparação para a vida adulta em uma sociedade diversificada, não homogênea entendendo que são diferentes, mas não são inferiores ou superiores.
    Penso que a escola deve buscar contribuir para a transformação da realidade desconstruindo e trabalhando situações de  preconceitos, discriminação consciente ou não, onde se desenvolva o pensamento critico oportunizando o diálogo e vivências  e participação e de aprendizagem dos alunos portadores de necessidades especiais, não apenas integrando, mas de fato incluindo.


 https://moodle.ufrgs.br/pluginfile.php/2166307/mod_resource/content/1/Nota%20T%C3%A9cnica%20n%C2%BA%20042014.pdf

Epistemologia genética

    Piaget desenvolveu uma teoria chamada de Epistemologia Genética que estuda o conhecimento a partir da sua gênese, de seu início, processo de desenvolvimento do conhecimento do ser humano desde o seu nascimento até a vida adulta, passando por várias etapas, até o conhecimento se tornar um patrimônio da pessoa, algo construído e adquirido.  O desenvolvimento é diferente de aprendizagem sendo um processo espontâneo, enquanto a aprendizagem é provocada por situações. O desenvolvimento geral é uma soma de unidades de experiências
    Tradicionalmente o conhecimento se da pela representação da realidade, na linguagem e cópia, quando se transmite e se reproduz algo. Considera que tanto o construtivismo e não construtivismo são duas formas de produção de conhecimentos e é preciso identifica-las e o quando devem ser utilizadas. 
     Verbos utilizados por Piaget e freire como interagir, experimentar, descobrir, perguntar, refletir entre outros. Reflete-se a escola como um espaço de laboratório ao invés de imposição de limites às pessoas, deve-se ultrapassar havendo diálogos transformadores e no auditório pensa-se que está tudo resolvido e programado.
    Presenciamos as teorias empirista(educação autoritária), apriorista(educação espontaneísta) e Construtivista (pedagogia da relação) presentes em nossa aula, mas  penso que é importante ter transformações em nossa prática docente, pois tudo o que estudamos aponta para escola que estabeleça relações.



terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Crocodilos e Aves


    
 
    O texto fala sobre crocodilos e avestruzes tratando de diferenças físicas, preconceitos e sua superação” tratam do conceito para se definir diferenças que se refere às características ou opções que não sinalizem conflitos para o conceito do que é concebido como diferente. 
   Destaca-se critérios estatísticos, funcionais e idealização de tipos ideais de forma a ilustrar situações vivenciadas por pessoas que vivem circunstâncias de discriminação, preconceito  e exclusão. sendo necessário investir nas potencialidades e cidadania de todos.
     As lustrações  "Castelos e crocodilos","'enfiar a cabeça na areia" e  "água mole em pedra dura tanto bate até que fura”. retratam os mitos sobre a deficiência como os fosseis dos crocodilos, dos castelos medievais, a ponte entre o castelo e a cidade seria o encontro das pessoas que vivem o drama da deficiência ou e interessam por ele, vivenciando diversas vivencias e reflexões e termos como Generalização indevida (deficiente visto como ineficiente), Correlação Linear (todo o deficiente possui as mesmas características dos outros deficientes), Ideologia da força de vontade, Culpabilização da vítima, Contágio Osmótico (pavor pelo convívio), barreiras atitudinais (anteparos interpostos nas relações de duas pessoas, uma com deficiência e outra não).
    A concretização/personificação do preconceito, referindo–se a deficiência, encontramos estereótipos particularizados no nosso dia a dia, em nossa escola, o altista geralmente é agressivo, os cadeirantes são inteligentes, atribuindo uma característica a todas as pessoas com determinada deficiência, sem refletir que são pessoas que possuem a mesma situação de deficiência apenas, mas são pessoas com histórias, culturas diferentes e que possuem direito a ter individualidades respeitando suas diversidades. Além do 'trio organizado dos estereótipos" nos papeis de herói, vítima e vilão. muitas vezes definimos um aluno com determinado "rótulo", mas é preciso estar preparado para lidar com as situações atuais que há em nossa sala, penso que  a formação e preparação são uteis para juntos trabalharmos em construção da inclusão, mas é preciso tomar cuidado para não utilizar formas, estereótipos

    Concluindo  “Podemos decidir por enfiar a cabeça na areia ou decidir mudar, pois, água mole em pedra dura tanto bate até que fura”. 
"A decorrente discriminação vivida pelos significados diferentes, impede não ser ter seus direitos, mas de vivenciar plenamente a sua infância".







segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Utilizando formas de linguagem

    Compreendendo e refletindo a coexistência de três formas de manifestações de cultura: a cultura oficial, as subculturas e a contracultura. Pensar em como estas manifestações dentro de uma comunidade influenciam ou ainda determinam a escola enquanto espaço fisco e social, são totalmente inatingíveis á mente humana, podendo, é claro, através de um trabalho de pesquisa aprofundando se aproximar de dados e informações esclarecedoras sobre o tema de forma ampla.
    Mas pretendo aqui utilizar uma forma i, para ilustrar as manifestações da cultura em nossa escolinha onde há participação das famílias, envolvimento de todos os profissionais da escola, colaboração da comunidade que prestigiam a escola com a presença em eventos, e através de doações, pois há comércios em torno da escola, destacando a atuação das crianças, que ocupam um papel importante neste cenário chamado de Escola.


Escola, escolinha, minha escola.
Não se faz teste, nem prova
Mas a aprendizagem é ser feliz e autônomo
Na vida que temos e levamos
Somos convocados a participar
Em um espaço denominar
Escola, Escolinha, minha escola.
Nos muros de fora
Um dia vou estar
E poder me lembrar
De um tempo distante
Em que brincava bastante
Que não é amanha e nem agora
Da minha grande pequena escola
Escola, escolinha, minha escola
Tudo se transforma e se inova
A Escola, família e também a comunidade
E juntos construímos nossa sociedade

Por Luciana de Carvalho



Cultura e contracultura e Subcultura na comunidade escolar- “Muros da escola”



     Britto García postula que na pós-modernidade existem três formas de manifestação de cultura: a cultura oficial, as subculturas e a contracultura.
     A cultura oficial é a dominante, detentora do poder oficial, dos veículos de massa, da máquina de produção e consumo, da posse das leis e do estado; as subculturas são os grupos minoritários, de margem e periferia, como também grupos excluídos e de minoria como negros, mulheres, índios, entre outros, a intenção desses grupos nada mais é do que a garantia e inserção no “poder oficial”, ou seja, a garantia de direitos, baseados em leis, e de programas que garantam a existência concomitante deles, que não deve sofrer qualquer tipo de preconceito, restrição ou diferenciação dentro daqueles da cultura oficial. Já a contracultura, por sua vez, ainda segundo García, não tem interesse em nenhumas das culturas anteriores, pelo contrário, sua estrutura se compõe de uma batalha de modelos em relação aos demais. Britto afirma que a contracultura se origina de uma subcultura, mas extrapola suas classificações e campo de reivindicações, chegando a um limite máximo de incompatibilidade.
    E na escola como perceber estas manifestações de cultura, e na comunidade onde está inserida a escola, observando que há diversidades étnicas raciais, fatores sócios- econômicos, entre outros aspectos significativos e relevantes. Repensar a escola, como um ambiente social, geralmente, visualizamos como o lugar do nosso aconchego, ou trabalho onde realizamos diversas atividades com estas culturas sem mesmo refletirmos sobre sua existência enraizada.
Nossa escola está inserida em um bairro de Canoas, chamado Guajuviras, onde há trafico de drogas, números de homicídios decorrentes do tráfico que tem se mantido alto. È uma escola de educação infantil bem localizada, ficando em frente a um supermercado, do lado de uma escola de ensino fundamental, e próxima a um posto de saúde, também há diversos comércios como bazar, farmácias, outros mercados, ferragens, entre outros. A escola possui uma infraestrutura péssima, precisando de reformas constantes que são realizados pela comunidade.

    E difícil identificar cultura, subcultura e contracultura em nossa comunidade, existindo diversas realidades culturais. Mas a história do povo Guajuvirense, é uma história de luta e conquista por moradias, escolas, transporte público. Na entrada do bairro, há um enorme letreiro “Território de Paz”, colocado na gestão do governador Jairo Jorge, frase ou expressão muito comentada, de diversas formas, mas a mais comum é a zombaria. Percebo que há luta e anseio por segurança, pela vida, pela dignidade humana.

Vídeos “ET e Minha linguagem”


    Os vídeos oportunizados na disciplina “Educação de Pessoas com Necessidades Especiais” foram de grande contribuição para reflexões da prática docente, percebendo-se claramente condutas de discriminação e exclusão consciente e inconsciente de quem deveriam exercer a cidadania e favorecer o multiculturalismo dentro do espaço escolar. Destaco dois vídeos que identificaram o contexto escolar em que vivencio no momento.

    O vídeo do ET me pareceu familiar, disse às colegas que estavam sentadas próximas, ao assistir este vídeo pela primeira vez, na segunda aula presencial de Educação de pessoas com necessidades especiais. Reportou-me não só apenas a sala de aula onde vivenciamos inúmeras experiências e saberes com nossos alunos, mas em todo o ambiente escolar. Situações expressas no vídeo, como tentar manter a criança calma e sob controle, seguindo um modelo para a convivência naquele “Planeta”.

    Na escola onde leciono percebe-se um despreparo profissional para lidarmos com situações de crianças com necessidades educativas especiais por parte do grupo de profissionais da educação e da coordenação, observando-se também a falta da participação atuante das famílias na vida escolar destas crianças, que muitas vezes espera da escola a esperança de inclusão da criança para o mundo.


    No vídeo denominado linguagem, nota-se o monopólio da cultura da linguagem, onde se entende que não há comunicação devido a diferente forma de comunicação da pessoa com autismo, não havendo questionamentos quanto a nossa linguagem tida como oficial e predominante, e a incapacidade de aceitação de outras formas de linguagem, bem como a falta de comunicação com outras linguagens.

     São muitos obstáculos e pouco avanços na inclusão escolar, se olharmos para a história da luta das pessoas com deficiência, percebermos situações semelhantes e que podem ser recortadas do passado para o presente, mas enfatizando a escolar, há despreparo profissional e falta de um ambiente acolhedor para todos. Observa-se certa tendência em temer o que se espera por parte da criança de educação especial, da família e principalmente das situações de trabalho que envolve esta questão. 



https://www.youtube.com/watch?v=Tkli780dX6U et

https://www.youtube.com/watch?v=CNTjoLhwKtk minha linguagem