Britto García postula que
na pós-modernidade existem três formas de manifestação de cultura: a cultura oficial, as subculturas e a
contracultura.
A cultura oficial é a dominante, detentora do poder oficial, dos veículos de massa,
da máquina de produção e consumo, da posse das leis e do estado; as subculturas são os grupos
minoritários, de margem e periferia, como também grupos excluídos e de minoria
como negros, mulheres, índios, entre outros, a intenção desses grupos nada mais
é do que a garantia e inserção no “poder oficial”, ou seja, a garantia de
direitos, baseados em leis, e de programas que garantam a existência concomitante
deles, que não deve sofrer qualquer tipo de preconceito, restrição ou
diferenciação dentro daqueles da cultura oficial. Já a contracultura, por sua vez, ainda segundo García, não tem interesse
em nenhumas das culturas anteriores, pelo contrário, sua estrutura se compõe de
uma batalha de modelos em relação aos demais. Britto afirma que a contracultura
se origina de uma subcultura, mas extrapola suas classificações e campo de reivindicações,
chegando a um limite máximo de incompatibilidade.
E na escola como perceber estas manifestações de cultura, e na
comunidade onde está inserida a escola, observando que há diversidades étnicas
raciais, fatores sócios- econômicos, entre outros aspectos significativos e
relevantes. Repensar a escola, como um ambiente social, geralmente,
visualizamos como o lugar do nosso aconchego, ou trabalho onde realizamos
diversas atividades com estas culturas sem mesmo refletirmos sobre sua
existência enraizada.
Nossa escola está inserida em um bairro de Canoas, chamado
Guajuviras, onde há trafico de drogas, números de homicídios decorrentes do
tráfico que tem se mantido alto. È uma escola de educação infantil bem
localizada, ficando em frente a um supermercado, do lado de uma escola de
ensino fundamental, e próxima a um posto de saúde, também há diversos comércios
como bazar, farmácias, outros mercados, ferragens, entre outros. A escola
possui uma infraestrutura péssima, precisando de reformas constantes que são
realizados pela comunidade.
E difícil identificar cultura, subcultura e contracultura em nossa
comunidade, existindo diversas realidades culturais. Mas a história do povo
Guajuvirense, é uma história de luta e conquista por moradias, escolas,
transporte público. Na entrada do bairro, há um enorme letreiro “Território de
Paz”, colocado na gestão do governador Jairo Jorge, frase ou expressão muito
comentada, de diversas formas, mas a mais comum é a zombaria. Percebo que há
luta e anseio por segurança, pela vida, pela dignidade humana.
Nenhum comentário:
Postar um comentário