segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Cultura e contracultura e Subcultura na comunidade escolar- “Muros da escola”



     Britto García postula que na pós-modernidade existem três formas de manifestação de cultura: a cultura oficial, as subculturas e a contracultura.
     A cultura oficial é a dominante, detentora do poder oficial, dos veículos de massa, da máquina de produção e consumo, da posse das leis e do estado; as subculturas são os grupos minoritários, de margem e periferia, como também grupos excluídos e de minoria como negros, mulheres, índios, entre outros, a intenção desses grupos nada mais é do que a garantia e inserção no “poder oficial”, ou seja, a garantia de direitos, baseados em leis, e de programas que garantam a existência concomitante deles, que não deve sofrer qualquer tipo de preconceito, restrição ou diferenciação dentro daqueles da cultura oficial. Já a contracultura, por sua vez, ainda segundo García, não tem interesse em nenhumas das culturas anteriores, pelo contrário, sua estrutura se compõe de uma batalha de modelos em relação aos demais. Britto afirma que a contracultura se origina de uma subcultura, mas extrapola suas classificações e campo de reivindicações, chegando a um limite máximo de incompatibilidade.
    E na escola como perceber estas manifestações de cultura, e na comunidade onde está inserida a escola, observando que há diversidades étnicas raciais, fatores sócios- econômicos, entre outros aspectos significativos e relevantes. Repensar a escola, como um ambiente social, geralmente, visualizamos como o lugar do nosso aconchego, ou trabalho onde realizamos diversas atividades com estas culturas sem mesmo refletirmos sobre sua existência enraizada.
Nossa escola está inserida em um bairro de Canoas, chamado Guajuviras, onde há trafico de drogas, números de homicídios decorrentes do tráfico que tem se mantido alto. È uma escola de educação infantil bem localizada, ficando em frente a um supermercado, do lado de uma escola de ensino fundamental, e próxima a um posto de saúde, também há diversos comércios como bazar, farmácias, outros mercados, ferragens, entre outros. A escola possui uma infraestrutura péssima, precisando de reformas constantes que são realizados pela comunidade.

    E difícil identificar cultura, subcultura e contracultura em nossa comunidade, existindo diversas realidades culturais. Mas a história do povo Guajuvirense, é uma história de luta e conquista por moradias, escolas, transporte público. Na entrada do bairro, há um enorme letreiro “Território de Paz”, colocado na gestão do governador Jairo Jorge, frase ou expressão muito comentada, de diversas formas, mas a mais comum é a zombaria. Percebo que há luta e anseio por segurança, pela vida, pela dignidade humana.

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